Desço as escadarias das entranhas
Onde a morte vive silenciosa
Tecendo sua fina teia no tempo
No escuro onde vive as aranhas.
Desvendo seu olhar negro da noite
No Portal que se abre nas sombras
Das silhuetas que voam no abismo
Flageladas pelo vento frio, igual açoite.
Vejo suas asas castigadas descansarem
Nos sepulcros abandonados pelas almas
Antes que seus corpos se desfaçam
Servindo de alimento para os que desejarem.
Sinto o cheiro forte do líquido defluído
Misturando-se com o lodo da terra negra
Transformando a morte em combustível
Que um dia, das profundezas, será extraído.
Ouço o canto dos pássaros noturnos
Com seu som lúgubre envolvendo
O misterioso perigeu da Lua Cheia
No dia dos seus Arcanos taciturnos.
Arrepio minha pele com esta visão
Tão próxima dos seus tristes desígnios
Prateando lentamente meu olhar imortal
Sob o véu sobrenatural dessa ilusão.
Sacio minha sede de conhecimento
Nesse portal insondável que me afasta
Da vida terrena acima do despenhadeiro
E me faz olhar no Portal do seu renascimento.
Helen De Rose
*lançamento em 20/07/2011 - CBJE - Rio de Janeiro
CARÍSSIMA HELEN,
ResponderExcluirTEU BLOG É MUITO BOM. TANTO EM CONTEUDO QUANTO NA FORMATAÇÃO. SUAS MENSAGENS E INFORMAÇÕES CERTAMENTE SÃO DO AGRADO DE MUITAS PESSOAS. PARABÉNS. JÁ O ESTOU SEGUINDO. CONVIDO PARA VISITAR O MEU BLOG EM - http://leonamsouza.blogspot.com/
RECEBE UM GRANDE E FRATERNO ABRAÇO DO LEONAM.
Como sempre, um inspirado poema que encanta...parabéns, adorei!
ResponderExcluirUm final de semana cheinho de alegrias prá vc!
Minha linda! que saudades de você...
ResponderExcluirEste livro é um sucesso nosso; construímos juntas, eu, você e todas as pessoas que me incentivaram em todo o processo de seu nascimento.
Seu prefácio maravilhoso já está no livro!
Beijos e sucesso em seu novo trabalho.
Adriana
oi. tudo blz? estive por aqui. interessante. gostei. apareça por la. abraços.
ResponderExcluirNovamente aqui "bebendo as suas palavras".
ResponderExcluirBj.
Irene
Senti o coração silencioso da terra
ResponderExcluirSenti a batida das ondas do mar
Senti a dureza das nuas pedras
Duvidei sete vezes da palavra amar
Quebrei as cadeias do pensamento
Aprisionei o Mar numa gota de sal azul
Vendi os sonhos aprisionados em minhas mãos
Sentei-me para contemplar um pássaro voando para sul
Terno beijo