O coração da noite pulsa sua dança
no movimento fúnebre da Lua cheia
de encontro com a cruz da esperança
deixando sua sombra na relva fria
O abismo da alma é um lobo perdido
na floresta dos olhos onde o ego-abismo
vasculha a nascente secreta do fluído
farejando os rastros deixados pelo egoismo
Sua natureza sente e olha para cima
lá no alto sua vaidade cai numa cilada
tenta pegar uma rosa e se aproxima
um passo em falso e tudo vira nada
Uma imagem aparece na úmida margem
do rio da saudade tão esquecido
sua sede é um segundo de miragem
no frio das brumas dum sonho contido
A neve congela seus ossos quebrados
na queda trágica das suas escolhas
que agora se rastejam com seus pecados
nos restos e detritos das pequenas folhas
Helen De Rose
*Antologia lançada em 20/06/2013 - CBJE - Rio de Janeiro
O abismo da alma é um belímo poema, que muito
ResponderExcluirme agradou.
Desejo que esteja bem.
Bj.
Irene Alves